A Bipolaridade é um tema ainda desconhecido por muitas pessoas, e com isso, muitas dúvidas e preconceitos surgem. Pensando nisso, selecionamos as principais dúvidas sobre bipolaridade. Leia o artigo e saiba mais.
O que é?
A bipolaridade é um transtorno de personalidade, caracterizado pela OMS como uma doença. A origem do nome é devido ao significado: que tem dois pólos.
Pois, a principal característica desse transtorno é a alteração repentina de comportamento, na qual a pessoa oscila entre fases de euforia e de tristeza profunda. A bipolaridade também é conhecida como doença maníaco-depressiva.
O diagnóstico é complexo e exige um acompanhamento periódico do profissional de psicologia, o psicólogo.
Principais sintomas da bipolaridade
Os sintomas dependem da fase em que a pessoa está, que pode ser mania ou depressiva. Na fase mania, também conhecida como episódio ou episódio maníaco, os principais sintomas são:
– Energia fora do normal
– Falta de sono
– Euforia e agitação
– Fala muito rápida
– Crença irreal nas habilidades. Por exemplo, não ter conhecimento sobre a bolsa de valores, mas mesmo assim investir um alto valor.
– Aumento do desejo sexual
– Tende a ser agressivo (a)
– Negação da existência de problemas
Já na fase depressiva os sintomas são opostos, sendo os principais:
– Arrependimento acompanhado de culpa e sentimento de inutilidade
– Sono excessivo
– Perda de interesse por atividades em que antes sentia prazer
– Pessimismo
– Irritabilidade
– Pensamentos negativos
– Tristeza e mau humor
– Pensamentos de morte
Tipos de bipolaridade
Existem três tipos de bipolaridade, confira cada um deles:
Bipolaridade tipo 1
O tipo 1 é caracterizado principalmente pela fase mania, em que a pessoa tem excesso de energia, agitação, delírios de grandeza, falta de sono e demais sintomas citados anteriormente. Nesse tipo, como em todos os outros, há a oscilação de comportamento, portanto a fase depressiva também está presente.
Bipolaridade tipo 2
O tipo 2 é caracterizado, principalmente, pela fase depressiva, também chamado de episódio depressivo, e pela fase hipomaníaca, a qual é o estado mais leve de euforia. Porém, nesse tipo de bipolaridade as oscilações são mais leves, não afetando gravemente a vida do indivíduo.
Bipolaridade tipo 3
O tipo 3 é conhecido como transtorno ciclotímico, nesse tipo as mudanças de comportamento não são tão frequentes, assim, as fases perduram por longo tempo, principalmente a fase depressiva. Por isso, facilmente as pessoas com esse tipo de bipolaridade são diagnosticadas com depressão.
Surto psicótico bipolar
O surto psicótico bipolar é o rompimento com a realidade, eles podem acontecer em ambas as fases, mania ou depressiva.
Quando o surto ocorre na fase mania, também chamada de euforia, o indivíduo apresenta os sintomas dessa fase de modo intenso, perdendo o controle das emoções, da noção de tempo e da realidade.
A pessoa fica exposta a riscos, pois não tem noção das suas habilidades e condições.
E, se o surto acontece na fase depressiva, os sintomas da mesma se apresentam de forma intensa, o que gera muita angústia e desespero.
Os surtos nessa fase precisam de uma atenção especial, pois o indivíduo pode ter ideações suicidas, e até mesmo tentativas.
Como prevenir as crises?
A melhor forma de prevenir é com o tratamento, que consiste em acompanhamento psicológico e psiquiátrico.
A família precisa estar atenta aos sinais de oscilações, e se os remédios estão sendo tomados corretamente, além das idas regulares ao psicólogo.
Na fase mania é comum que a pessoa com bipolaridade se sinta bem e abandone o tratamento, por isso, a família precisa estar atenta.
Durante o surto, também chamado de episódio, é necessário emergência terapêutica.
Pois o indivíduo durante o surto perde a noção da realidade, e assim, coloca a própria vida em risco. Após um episódio significativo é necessário um tratamento mais assistido, ou seja, internamento.
A importância do tratamento
O tratamento é indispensável, visto que a bipolaridade não tem cura. A pessoa com bipolaridade para ter uma vida saudável precisa ir regularmente ao psicólogo, assim como, tomar os remédios, os quais são prescritos pelo psiquiatra.
O uso dos remédios é indispensável, pois são eles que irão regular o humor, evitando as oscilações. A quantidade dos remédios muda conforme o tempo, assim, o acompanhamento psiquiátrico é necessário para que a dosagem permaneça correta.
O tratamento intensivo, como internamento, às vezes é necessário. Principalmente, durante os surtos, nas quais a pessoa perde a noção da realidade.
É importante ressaltar que a bipolaridade é uma doença que afeta a vida da pessoa em várias áreas, como profissional e amorosa.
Apesar de não ter cura, o tratamento possibilita trabalhar estratégias para uma melhor qualidade de vida.
Importante: este conteúdo não substitui uma consulta médica.